quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Quem disse que seria fácil?
Olhando para o Evangelho
deste tempo, a liturgia nos apresenta Mateus:
são normas, leis e vida para se entrar no Reino de Deus. Nós sabemos que Jesus
não tem meio-termo: “Seja o vosso sim, sim e o vosso não, não” (Mt 5,37).Muitos interpretam a
Palavra do Senhor de qualquer jeito, mas Ele é firme, radical e sem meio-termo.
Para se entrar no Reino de Deus precisamos viver o Evangelho na sua
profundidade e moldar nossa vida de acordo com a vida de Jesus.“O único Evangelho é o Evangelho
do Reino de Deus. Jesus é o Rei, o Senhor, a autoridade máxima. Jesus é e está
no centro do Evangelho. O Evangelho do Reino é Cristocêntrico. Em contraposição
temos visto um evangelho cujo centro é o homem, um evangelho para o homem, um
evangelho humano, antropocêntrico. Torna-se assim, um tipo de ‘propaganda’, de
oferta tentadora, na qual se faz ‘abatimento’ e se abrem ‘facilitações’ para o
‘freguês’. Levam um evangelho de “múltiplas vantagens” para quem o aceitar”Hoje, o mundo tem medo das palavras de Jesus porque
elas incomodam, trazem luz às trevas, denunciam e libertam. O povo quer um
Evangelho fácil, querem que as palavras de Jesus se adaptem àquilo que vivem e
não querem se adaptar ao Evangelho.Ficam dizendo que não é
tudo isso que Jesus quis dizer e que Ele não era tão radical como pregam por
aí, como a Igreja fala e os cristãos querem viver. No entanto, nós não podemos
viver um Evangelho de “meia medida”!Querem ouvir somente que
“Deus é amor e misericórdia”, mas não querem se converter. O amor e a
misericórdia não estão separados e a conversão é uma busca radical pelo Senhor.
A noção de conversão é expressa de maneira muito concreta por meio do verbo
"voltar", ou seja, "voltar atrás", voltar para o Senhor com
todo o coração, retomar o caminho das suas veredas. Porém, a conversão se dá
numa vida de busca do Senhor, de renúncias das coisas que levam ao pecado, na
vivência do Evangelho. Jesus precisa passar a ser o centro das nossas vidas!Queremos uma vida
diferente daquela que antes vivíamos. É uma adesão radical por Jesus, uma
mudança de comportamento, de falar, de agir; esse é o processo de conversão
pelo qual precisamos passar. Mas ninguém muda da noite para o dia, passa também
pela paciência, pelo recomeçar todos os dias, pela mudança diária, e
principalmente, pela vida de oração e pela busca do Senhor e abandono da vida
velha.
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